Aprendizagem

Você pode aprender mais e melhor - sozinho

Didática de habilidades: como os instrutores e nós tornamos as coisas mais difíceis

Ao longo da vida me envolvi com mais de 30 habilidades, algumas com instrução, outras como autodidata. E o que observei com relação à didática de habilidades, com algumas exceções, não é nada animador. O lado bom foi que acabei desenvolvendo formas de lidar com isso. Neste artigo conto os vários episódios que me inspiraram e faço uma introdução ao que já encontrei.

Por que você deve ter habilidades de ensino

Todos acabamos fazendo os papéis de aprendiz, de professor e de autodidata, o que torna termos habilidades de ensino e de aprendizagem fundamentais. Saiba aqui as razões.

Introduzindo o prazer de depois

Como no efeito borboleta, uma pequena mudança em uma atividade pode resultar em grandes diferenças na nossa experiência – para melhor. Conheça aqui uma dessas, hmm, possibilidades-borboleta. Também explicamos por que funciona.

Aprenda uma habilidade mais rápido – mesmo que seu instrutor atrapalhe

Uma experiência em que fiz o que jamais imaginaria conseguir fazer e outra em que eu consegui ensinar algo que também não parecia possível. Perdi as referências de limites para o aprendizado de habilidades! Descubra neste artigo que você pode ter muito mais capacidade de aprender do que sabe e direções para aproveitar seu potencial.

Como lidar com a “didática” de cobranças – do instrutor e sua

Faz sentido alguém cobrar o outro para não errar? Mesmo que a cobrança seja para acertar, será que o outro sabe como? Neste artigo mostramos que a cobrança não só pode não ter os resultados pretendidos como ainda pode ser contraproducente.

Sobre esta seção

- Não consigo.

Assim respondeu o garoto no parque aquático do clube quando o convidei para tentar acertar uma bolinha de frescobol em baldes no alto de dispositivo de uns três metros de altura (foto). Eu estava lá com meu netinho de dois anos e meio e fazia minhas tentativas, com uma taxa de acerto de uma vez em cada 5 ou 6.

Incentivei-o a tentar, e logo ele acertou a primeira. Sua taxa de acerto estava parecida com a minha. Duas semanas depois, aconteceu o mesmo com uma menina, exceto que ela fez uma primeira tentativa antes de dizer:

- Não consigo.

O filme foi o mesmo; incentivei e ela conseguiu acertar algumas vezes; no caso dela, também dei algumas dicas sobre a técnica a ser usada.

Esses casos são ilustrativos de um grande, um imenso problema que está acontecendo no ensino. Vou começar abrindo a verdade: eu mesmo tive muitas dificuldades na vida para aprender, mais especificamente para por em prática o que estudava ou treinava. Não tudo, mas muitas coisas. Acabei buscando o que fazer para melhorar esse quadro.

Quando fui ensinar em faculdades, no início não considero que tive um bom desempenho, em parte reflexo das limitações com a aprendizagem; um professor nunca será competente se não souber como seus alunos aprendem. Mas fui melhorando ao longo dos anos, digo, décadas. Descobri várias possibilidades para melhorar minha aprendizagem e também muitas formas de ensinar. Cheguei até a desenvolver uma metodologia didática.

Nesse caminho de expansão e aprofundamento, acabei descobrindo que a razão maior de aprendizado deficiente não está nos alunos, mas sim na didática. No caso de ensino de conhecimentos, esta é eminentemente informativa e explicativa, deixando para os alunos planejarem as atividades de fixação e, em muitos casos, descobrir como aplicar o que aprenderam, que é o que no fim das contas de onde vem o sentido para aprendermos qualquer coisa. No caso de habilidades, a coisa é ainda pior: os alunos são solicitados a fazer coisas como se fossem superaprendizes (link para detalhes abaixo).

Ora, planejar o aprendizado requer tanto domínio do conteúdo quando habilidades de ensino, e por definição nenhum professor sensato pode assumir que os alunos tenham essas capacidades. O que acontece então é que os alunos estão tendo que ser em grande medida autodidatas, sem que tenham nenhum preparo para isso, às vezes nem mesmo conhecem como eles próprios funcionam com relação à aprendizagem. E aí pode acontecer que eles concluam:

- Não consigo.

Meu foco atual é em habilidades; nesta seção compartilho alguns dos conteúdos já maduros que produzi. Na verdade poderia publicar um livro, que até já tem o nome de Como Lidar com a Falta de Didática de Habilidades, mas não pude priorizá-lo ainda. Em todo caso, o que está disponível já é suficiente para um efeito borboleta no seu aprendizado de habilidades.

Comecei a compartilhar as dificuldades e opções que já descobri neste artigo; nele você terá uma boa base para avaliar se vale a pena buscar mais do que tenho a oferecer.