O primeiro mapa mental a gente nunca esquece

Uma introdução aos mapas mentais, suas aplicações e benefícios

Por Virgílio V. Vilela

Não podemos desejar o que nem sabemos que existe. Veja nesse artigo uma introdução rápida aos mapas mentais na forma de uma historinha, mostrando usos e benefícios dessa útil e prática ferramenta.

Um cara de soluções

José Maria é um sujeito ocupado: é analista, professor, aluno, pai e tem um site. Ele costuma ter várias coisas para fazer, e gosta de registrá-las para não esquecer nada. Inicialmente, ele fazia uma lista simples, anotada em um papel qualquer:

Depois, José Maria descobriu que ficava melhor agrupando os itens:

Carro

Casa

Finanças

Mas José Maria gostou mesmo quando achou um programa muito legal para fazer mapas mentais, e, depois de uma versão inicial e algumas mexidas, ele fez o seguinte para aquelas mesmas coisas a fazer:

Agora, José Maria, que tem dúzias de coisas para fazer, só usa esse tipo de mapas mentais para lembrar-se delas.

E ele, que é analista, professor, aluno, pai e tem um site, usou os mapas de várias maneiras: para planejar aulas e apostilas, apresentar resumos para os alunos, elaborar relatórios e até para organizar melhor sua autocrítica, registrando os vários aspectos e enfoques possíveis.

Convicto das vantagens, resolveu organizar as aplicações de mapas mentais também em um mapa mental, onde considerou cada uma de suas atividades e inseriu mais um tópico para a parte pessoal (veja o próximo mapa mental).

Ao mostrar esse e outros mapas para as pessoas e alunos, José Maria logo descobriu que muitas tentavam olhar o mapa todo de uma vez, e "arrepiavam". Mas ele ensinou-as a olhar no início apenas o título e um tópico de cada vez, e logo elas estavam gostando da coisa. Uma delas até comentou a vantagem de "quase não ter artigos e preposições nem blá-blá-blá, só ideias essenciais".

Não satisfeito, José Maria queria ter para si uma visão bem clara e organizada dos benefícios de usar os mapas mentais, e fez o mapa mental abaixo.

No primeiro nível, o dos tópicos principais, ele colocou os vários aspectos da vida beneficiados: trabalho, aprendizado, memorização e outros, e nos tópicos filhos os benefícios que já percebera. Ele destacou no mapa o que para ele é o mais importante na cadeia de benefícios: os efeitos pessoais que decorrem destes. E pregou o mapa mental em um local bem visível.

José Maria também ensinou ao seu filho de 9 anos como fazer os mapas e deu-lhe uma versão “júnior" do aplicativo de mapas mentais. O esperto garoto também gostou da coisa e logo estava fazendo mapas das matérias da escola, estudando neles e ainda faturando vendendo-os para os colegas!

Nosso herói chegou a ver um livro com vários mapas mentais, feitos à mão. Alguns ele achou muito poluídos visualmente, outros eram interessantes, tinha um até bem artístico:

(Tony Buzan, The Mind Map Book)

Muito legais, sim, mas ele realmente não tinha tempo para toda essa arte, e achou que estava muito bem atendido pelo programa que usava. Era fácil para alterar o conteúdo e reorganizar os tópicos, o que ele fazia muito, fácil de aplicar destaques nas fontes e nas cores, fácil e barato gerar cópias coloridas, bom para apresentações e até para distribuir para o mundo inteiro, se fosse o caso.

José Maria estava realmente satisfeito. E começou a perceber algo muito interessante: à medida que praticava, aplicava e convivia com os mapas mentais, notou que ficava cada vez mais fácil construir os mapas em seu pensamento, e para alguns nem precisava mais de papel. Uma possibilidade muito interessante o espreitava do futuro...